Aneurismas são dilatações anormais das artérias.
Sua origem ainda não está totalmente esclarecida. Porém, distúrbios
hemodinâmicos, traumatismos, infecções e distúrbios genéticos
podem estar implicados.
Estima-se que a incidência do aneurisma intracraniano seja
por volta de 1% da população. Raramente provoca sintomas antes
de romper. Quando rompe, no entanto, causa um quadro clínico
dramático conhecido como hemorragia subaracnóidea (HSA). Pode
ocasionar também um hematoma intra-parenquimatoso, que é a
presença de um coágulo no cérebro, tronco cerebral ou cerebelo.
A HSA é uma urgência médica, com alta taxa de mortalidade
e morbidade. Cerca de 30% dos pacientes com HSA morrem antes
de serem socorridos; metade dos sobreviventes morre ou apresenta
seqüela grave nos dias subseqüentes. Assim, é indiscutível
a necessidade de tratamento de um AI roto, em regime de urgência.
Muitos AI que ainda não romperam têm indicação de tratamento,
justamente pelo risco de ruptura.
Tradicionalmente, os aneurismas eram tratados apenas cirurgicamente,
através da clipagem de seu colo. Atualmente, está demonstrada
a superioridade no tratamento por via endovascular 1, que
é conhecido como embolização.
Nos países desenvolvidos, são embolizados cerca de 50 a 85
% de todos os pacientes com AI. No Brasil, estima-se que cerca
de 10% do pacientes com AI são tratados por esta via.
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